terça-feira, 16 de julho de 2019

Apresentação do livro de poesia da autoria de PALMIRA CLARA “DO AMOR à ESPERANÇA”



(uma edição de www.Amazon.com em livro comum e em e-book)
A apresentação terá lugar no dia 21 de Julho de 2019, pelas 16 horas no Clube do Sargento da Armada, Delegação do Feijó, sita na Rua dos Sargentos da Armada, Feijó.

Além da autora, contamos com a presença de convidados especiais para a apresentação do livro, após o que seguirá a declamação de alguns poemas e momento musical.

O nosso convívio terminará com um Porto/Moscatel de honra, fazendo votos para que seja do agrado de todos os que se dignem presentear-nos com a sua presença.


Palmira Clara (breve nota biográfica)

Palmira da Conceição Clara, seu nome completo, nasceu em 1957, em Sortelha, Sabugal, na Beira Baixa. Veio para Lisboa onde fez todo o seu percurso académico. Solicitadora de profissão. Em 1968, com onze anos de idade, começou a escrever poesia, incentivada pela sua professora Natália do Patrocínio Bonet do Rego Chaves, na, então, escola primária de Alvalade em Lisboa.

Participou em passatempos de poesia realizados por programas de rádio, como por exemplo, a Rádio Renascença, publicações em revistas, sendo de recordar a “Crónica Feminina”; Disputou o primeiro lugar em Jogos Florais e concursos literários diversos, nos quais obteve várias vezes os primeiros e segundos lugares, além de diversas menções honrosas e os correspondentes troféus, não só na poesia como também em prosa; escreveu e declamou em tertúlias e saraus, de várias escolas, organizações sem fins lucrativos, incluindo a SPA – Sociedade Portuguesa de Autores. À data de publicação deste livro era, ainda, Vice-Presidente da Direcção da SCALA – Sociedade de Cultura Artes e Letras de Almada, vindo, no entanto a demitir-se do mesmo passado algum tempo.

A poetisa Palmira Clara

Atualmente vive na Caparica, Almada.

Sobre o livro

Do Amor à Esperança, é um livro de poesia intimista. Nele a autora fala de amor nas mais diversas formas. Isto se se pode dizer que há várias formas de amor. Transporta-nos para o romance, por vezes sensual, na natureza calma; fala-nos da mesma natureza que descreve duma forma ímpar no seu crepúsculo, por exemplo, em harmonia perfeita dos quatro elementos; fala-nos do amor fraternal com uma eloquente paixão, no seu poema "Musa" que nos prende na sua leitura, conduzindo-nos a um final de suspense ; de uma forma irónica, refere-se aos desamores, veja-se "Convite de Natal ( a uma velha mãe)". Transporta-nos ainda à esperança. É um livro que o leitor não se cansará de ler pois é de tal forma abrangente que, ao desfolhar de cada página, encontrará no poema seguinte, o cantar de novo amor,desamor, ou esperança, no quotidiano, naquilo com que nos defrontamos na nossa vida, incluindo as questões sociais. De linguagem simples, alegre, de leitura agradável o leitor não se cansará de ler estes poemas. Mesmo os mais longos, como por exemplo o "Saber", estão inundados de ternura, de uma descrição de rara beleza na escrita que o vai cativar. Por outro lado, este livro por si só é um acto de amor. Na verdade, com esta publicação a autora presta homenagem póstuma a uma sua professora do ensino básico, Natália Bonet. O leitor encontrará também um belo poema a ela dedicado. 

É um livro de poemas cheios de cor, de movimento, de música, de boa disposição como no poema "Se eu um dia ficar careca". Nele encontrará também as palavras que, por vezes procura para acompanhar o presente ideal, desde o ramo de rosas para a pessoa por quem sente grande paixão, até ao amigo, irmão, a quem vai oferecer uma caixa de bombons. Quando procurar as palavras que lhe faltarem, leia este livro: elas estão aqui para si. De uma riqueza inesgotável de ternura em cada verso, poderá o leitor desfrutar deste livro como duma melodia de amor. A não perder.

Pode adquirir em livro comum, directamente à autora, através do telem. 926607828, palmiraclara@sapo.pt, ou on line, através da sua editora www.Amazon.com, procurando Do Amor à Esperança, onde pode também obter o e-book.


Fonte: Clube do Sargento da Armada
 
https://www.csarmada.com/products/a21-7-2019-apresentacao-do-livro-do-amor-a-esperanca/?fbclid=IwAR12cRUyjfQyzeXLFLhR82BrDJ148xd43kHLkiCh7lIMgeGi5woDXGUgHqs


segunda-feira, 15 de julho de 2019

"O SOM DO SILÊNCIO" DA POETISA ALEXANDRA CONDUTO, COM PREFÁCIO DE ALBERTO CUDELL



Alexandra Conduto


Quase a chegar, o Livro do "Som do Silêncio"não posso deixar de partilhar a enorme honra de ter sido escolhido para ler esta obra em primeiro lugar.

Prefácio,de Alberto Cuddel, sobre o Livro "Som do Silêncio"

Antes de mais honra-me mormente o convite e o privilégio de prefaciar o livro “O Som do Silencio” da poetisa Alexandra Conduto, tanto mais que conheço bem as suas duas anteriores obras, onde a poeta homenageia o pai, na dor e saudade da sua perda.
Prefaciar um livro de poesia é estar aberto à surpresa, esperar ser surpreendido a cada virgula, a cada verso, a cada página, a poesia é uma das poucas artes literárias que remete o leitor para contemplação, para a arte de degustação da palavra, neste livro a autora despoja-se do passado, criando novas paisagens do sentir, esse despojamento esta bem patente logo no poema de abertura, “Despi a saudade que vestia, / Desfiz-me do manto com que me cobria, /Deixei de ouvir as palavras vazias, / Esquivei-me aos gestos frios. / Saí.” Ao percorrermos este livro escutamos o grito do silêncio, o quanto é forte e ruidoso, o quanto nos açoita e equaciona num desassossego permanente, um silêncio que nos acaricia pela mão suave da brisa. Numa linguagem directa, a autora desenha-nos paisagens de emoções, momentos e sensações.


Ao percorrermos este silêncio das palavras, vamos encontrando-nos com os sons do mundo, com os sons da alma, o enaltecimento da fé, o ruido do sol, uma alma que grita, até e porque não evidenciar uma sensualidade velada, quase oculta por entre o silêncio dos desejos carnais que gritam a peito aberto. 

Numa leitura mais atenta a cada um dos silêncios que inspiram a autora, vamos percebendo que o mundo que a rodeia é poesia no seu estado mais puro, uma simples janela que quebra o silêncio do dia, o nascimento do sol rasgando a noite, as grades do corpo que a aprisionam, o sofrimento contido no acto de ser mulher, mais que silêncio, este livro de poesia é um grito de desassossego, uma revolta sem medo, sem contemplações pela busca da afectividade, por esse desejo carnal que nos corrói…
“O Som do Silêncio” é na sua essência barulhento, a autora grita com cada um de nós numa exposição transparente da sua alma, cada sussurro, cada beijo, cada gemido aprisionado na garganta, encontro na leitura deste livro ainda uma escravidão social e silenciosa imposta à mulher nascida no seculo XX, uma demonstração de contenção linguística sem que grite e expluda no resultado da sua libertação, uma poesia sofrida e contida nas agruras da vida do emocional feminino, como tão bem foi mostrada por Florbela Espanca no inicio do seculo XX. 

O leitor atento será guiado pelas emoções, entre o sorriso e a lágrima, entre a loucura e o desprendimento, nasce o desejo, o desejo de mais, o desejo de ser, o desejo humano, corporal e afectivo. Despede-se a autora com um poema intrigante, descreve o sofrimento como se de uma inevitabilidade se tratasse, que nunca acaba:
“Já não sei quem sou. 

Já pouco importa 

De onde vim, 
Nem para onde vou. 
Sinto o mundo acabar 
De tanta vontade de te encontrar,
Na vontade de te ter 
Mesmo estando morta continuo a sofrer...”


Por tudo isto e pelo teu grito brilhantemente conseguido te dou os meus sinceros parabéns a ti Alexandra conduto. Uma obra a ser degustada devagar, sentido o aroma e o fluir dos corpos, em cada silêncio incontido.
Alberto Cuddel

De referir que António Alberto Teixeira Sousa  - Alberto Cuddel, um poeta que também tem publicado alguns livros,com destaque para-"Entre Pontos e Virgulas",Poesia O Silêncio Que a Noite Traz e "Como Fazer Amor".

Livro- Edições Hórus

quarta-feira, 3 de julho de 2019

POESIA DE ALEXANDRA CONDUTO - PROCURANDO INTEIRA SATISFAÇÃO PARA AFOGAR, A INTERIOR,SATISFAÇÃO

A poetisa Alexandra Conduto,natural das Minas de São Domingos,e a residir no concelho de Palmela,continua a brindar-nos,com a sua poesia.Com dois livros publicados,"Fragmentos da tua História""Recordar-te",com um terceiro,já escrito, "O Som do Silêncio" mas que não contou com apoios, tendo sido a autora,a avançar para a sua edição, estando o  mesmo,já na editora, e que brevemente estará  disponivel ao público.
(texto retificado)


Aqui deixamos esta poesia, de Alexandra Conduto.

Tudo o que tu vias 

era apenas sexo,

loucura e prazer,
momentos clandestinos
por estranhos caminhos 
formas de escapar da realidade.


Nada prometias 

e até parcas palavras proferias,

só aspiravas aventura, 
luxúria e sensualidade pura
sem qualquer outra forma de ligação. 


Sexo nu e cru despojado 

de sentido e de sentimento

sem hora, sem tempo 
e sem arrependimento. 


És, na verdade um prisioneiro, 

espreitando a liberdade, 

morto, por provar o sabor
de um prazer apenas carnal, 
sem alma e sem moral,
Expiravas, exibir com vaidade a 
tua virilidade, em outra relação.


Procurando a inteira satisfação 

para afogar, a interior, frustração.


Alexandra Conduto