segunda-feira, 18 de julho de 2022

Duas Mãos Um Coração de Isabel Moreira Rego e Maria Moreira



 A Capa do próximo livro de Poemas, Contos e histórias... tem 382 páginas, título@ "Duas Mãos Um Coração", poemas escritos ao longe da vida com carinho.Por Isabel Moreira Rego e Maria Moreira

Aprofundidade da imaginação navega,no fundo da alma,em redor dos perconceitos da sociedade.

Cada Poema,cada soneto e conto trazem à vida um sonho realizado ou a realizar na esperança do amanhã.

 

No degredo silençiado da vida o poeta encontra a palavra como escape para descrever a melhor festa das sibalas.Preponderancia altiva, de ansiedade conjuntas, baixa a guarda perante o amor das coisas ditas.

O poeta tem imaginação e precisão nas palavras que descreve a sua alma. Para ele, desenhar as síbalas  dos poemas ou dos contos em rima é como encontrar a chuva debaixo do Sol.

Os Sonetos são pautados com precisão e romantismo ao longo dos tempos, com poetas reconhecidos da história. E sempre foram escritos com simplicidade e paixão.

Alice passou as férias de Verão na cabana com o seu avo e tornou-se uma senhorita sonhadora, ao ponto de surpreender, os pais ausentes, quando regressarem ao bosque.

Júlia descreve à Mónica a estória de vida e morte de seu pai. Mónica volta a casa, na África do Sul, mas deixa um elo de ligação com as trés irmãs.

O amor é pautado na luz... 

 



quinta-feira, 7 de julho de 2022

"A CAPITAL DO ASSOCIATIVISMO POPULAR", POR ÁLVARO PEREIRA DE SOUSA (*)

 "E mais uma vez, o proficiente historiador Alexandre Magno Flores se debruçou  a fundo sobre o que tem sido o incremento, a acção e a missão sócio-cultural e pedagógica do associativismo popular cá no rincão almadense"

Capa do livro" Clube Recreativo do Feijó - Abordagem Histórico - Sócio-Cultural, da autoria do dr. Alexandre M.Flores,em 1995. na apresentação do livro, na sede da coletividade

Artigo de análise, por: Álvaro Pereira de Sousa

in - Jornal de Almada

 

E foi mais um. Foi mais um livro da sua autoria que na noite de 8 de Julho, o dr. Alexandre Magno Flores acrescentou ao seu já riquíssimo património literário. O lançamento fez-se no bonito salão de festas do Clube Recreativo do Feijó, perante uma vasta selecta assistência que ouviu muitíssimo interessada as profundas intervenções de prestigiados  intelectuais ligados ao mesmo sector, especialmente convidados para fazerem, cada qual à sua  maneira, a solene apresentação da magnifica obra.

 

E mais uma vez, o proficiente historiador Alexandre M. Flores se debruçou  a fundo sobre o que tem sido o incremento, a acção e a missão sócio-cultural e pedagógica do associativismo popular cá no rincão almadense, um tema deveras aliciante e que é muito da sua predilecção o traze-lo à luz da  ribalta literária, para que conste, se leia, se saiba e se não esqueça.

 

Na realidade, com 51 anos de vida há dias feitos e celebrados em festa, confraternização, muita alegria e bons auspícios, a história do Clube Recreativo do Feijó,agora narrada em livro, é mais ou menos igual à das suas congéneres espalhadas há muitos anos por  estas terras de Aquém Tejo, ou seja naquilo a que a boca do vulgo chama de Outra Banda.

 

Recorte de imagem do livro

As chamadas Colectividades de Instrução, Convívio e Recreio Familiar daqui também foram(ainda são?) pequenas mas autenticas universidades populares, criadas pelo querer e esforço do povo trabalhador, proletários, comerciantes e outros fundidos  num só corpo, onde se ministrava aos seus associados cultura,arte, saber e conhecimentos, onde se fomentavam os valores da cooperarão, da moral, do civismo, da liberdade e da solidariedade, onde, no insidioso tempo da ditadura, o ideal da democracia criava raízes e ganhava adeptos contra o regime opressor. E tudo isto o novo livro de Alexandre Magno Flores <Clube Recreativo do Feijó : Abordagem Histórico - Sócio Cultural>> nos traz à memória.

 

E a luz que este volume vindo agora à estampa derrama pelo caminho vai realimentando essa chama já um tanto bruxuleante, dinamizando vontades, cimentando dedicações, captando aderências, sobretudo as das camadas jovens menos esclarecidas mas irreverentes, confusas e inquietas quanto ao futuro, jovens esses que já nasceram em liberdade e vão crescendo ao sol desta democracia, ganha pelos portugueses anti-facistas com enormes sacrifícios, muita luta e os mais bárbaros sofrimentos.

 


Almada é reconhecida como <Capital do Associativismo Popular >, assim disse o dr. José Malheiro. Feijó incluído, obviamente. Com efeito, quer as sociedades cooperativas de consumo, quer as sociedades filarmónicas de instrução,  recreio, arte e convívio familiar, sendo também pequenas universidades muito frequentadas pelos seus associados, possuíam valiosas bibliotecas recheadas com variadíssima literatura de autores de grande renome nacional e universal, onde se consultavam e liam esses bons livros, jornais e revistas, se ministravam aulas de cultural geral, cursos de línguas, de corte e costura, de lavoures e até de culinária.

 

Por isso,às vezes essas bibliotecas eram "visitadas" abusivamente pelos  esbirros da Pide, que remexiam em estantes, ficheiros e volumes, liam titulos, o nome dos autores, folheavam livros e "surripiavam" alguns, alegadamente subversivos, estarem proibídos pela censura ou no index.Oh, que danados tempos esses!


Também nas instalações das coletividades deste rincão da margem esquerda se realizavam palestras, conferencias, recitais musical - poéticos, teatro de bom nível, colóquios e debates sobre os mais variados temas, com a participação, por convites sempre bem aceites, de conceituados democratas,contrários à linha política e aos métodos opressivo-repressivos seguidos pelo regime ditatorial vigente, de tipo fascista.

 

E eram destacadas personalidades dos mais importantes sectores da vida nacional que vinham aqui conviver e dialogar com a malta, por certas verdades a nu, desmontar cabalas, esclarecer os presentes, falar-lhes no ideal da liberdade e nos valores da democracia, dos direitos sociais,políticos, civicos e humanos de todos os cidadãos, onde se firma a dignidade da pessoa.

O Clube Recreativo do Feijó, antes do 25 de Abril também teria passado por tão"ciclópicos trabalhos"?

Foto extraída do Livro "Abordagem histórico - Sócio- cultural

Mas o seu riquissimo historial, como coletividade de recreio,cultura e convivio familiar, agora já reconhecida oficialmente como instituição de utilidade pública, estendendo a sua atividade à  esfera da educação fisica, pratica desportiva e ensino escolar em instalações suas, veio agora descrito em livro,reforçado com um esplendido album fotográfico.E o seu autor é o conhecido literato Alexandre Magno Flores, esse devotado pesquisador e incansável divulgador das obras e dos feitos humanos - coletivos desta comunidade almadense.

 

Na profunda"Abordagem Histórico-Sócio -Cultural" que faz aos 51 anos de vida do Clube Recreativo do Feijó, na sua prosa chã, fluente e até encantatória, despida de arrebiques e outros floreados gramaticais, Alexandre M. Flores torna-se credor da mais viva admiração e de muito obrigado do Povo do concelho de Almada.

 

Estendo estas felicitações, um muito obrigado e os mais sinceros parabéns ao Clube Recreativo do Feijó, pela magnífica obra já realizada e que por certo irá continuar com mais força, dinamismo e dedicação, sempre em busca de mais e melhor.

Parabéns!

A ler em próximos posts:

   Pensar aqui o futuro do associativismo - Breves apontamentos sobre uma  história que continua,onde Sousa Pereira * faz uma abordagem ao livro do dr.Alexandre Flores.

* Dirigente Associativo:Membro da Federação Portuguesa das Coletividades de Cultura e Recreio (Lisboa).