Gente de Letras com Vínculo a Almada

"In livro"
Gente de Letras com Vínculo a Almada


Radicado em Almada desde de 1967, Joaquim Candeias é hoje uma figura com um vasto currículo na área desportiva concelhia,quer pelas suas actividades desenvolvidas em prol do desporto,quer pelos cargos que exerceu no Almada Atlético Clube,Associação de Futebol de Setúbal e Associação de Andebol de Lisboa. A sua dedicação às causas do desporto, através da imprensa,e a constante divulgação das actividades desportivas das colectividades de Almada, têm  merecido o reconhecimento público dessas mesmas associações populares.
Como jornalista essencialmente desportivo,embora também se dedique a outros sectores da informação, começou a colaborar no Jornal de Almada em 1982, onde foi nomeado coordenador do desporto, em 1987, foi correspondente do jornal O Setubalense e viu trabalhos seus publicados no jornal "Record".


Em 1991 e 1992, a associação de Andebol de Lisboa atribuiu-lhe o título de jornalista "Prestigio Regional", devido  ás suas produções sobre a modalidade.No ano 200 o periódico onde sempre colaborou, foi distinguido pela Associação de Futebol de Setúbal, pelo seu contributo ao desporto distrital, graças aos trabalhos jornalísticos de Joaquim Candeias, que é sócio do Clube Nacional de Imprensa Desportiva.

Bibliografia
"extraído do Livro Gente de Letras com vínculo a Almada, da autoria de Victor Aparício,Diamantino Lourenço, Luís Alves Milheiro, Abrantes Raposo e Artur Vaz
edição Comemorativa do 10º aniversário da SCALA- Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, ano 2005

"in Livro"

 SORENA

44 ANOS ENTRE CACILHAS E O GINJAL

         Uma história com muitas estórias

 A  SNAB  NO GINJAL ERA  O "JOÃO NUNES"

 1969 a 1973

Joaquim Candeias
Vim de Alcácer do Sal para trabalhar na nova fase da Siderurgia Nacional, mais propriamente, na construção de uma estrada que ligava a SN à estrada nacional 10, mas que depois de quase concluída ficou sem efeito. Nessa altura, já tinha um irmão a trabalhar na Copenave na parte do Alfandegário. O meu pai foi trabalhar com o meu irmão e eu fui para o "João Nunes" uma vez que era assim que era conhecido o armazém da SNAB.Na altura, quem mandava no armazém era o próprio João Nunes e o Avelino(...)mais tarde havia ainda o Manuel Gomes que chefiava o armazém por cima do Refeitório e da Fábrica de redes

A degradação...."Tinha 17 anos e para mim era tudo novidade.Trabalhar com novas pessoas mais adultas era para mim muito importante.Comecei por fazer recados.Ia  a Lisboa levar os mapas do pessoal à Rua do Freixial...quem sobre a Rua do Alecrim.outras vezes ia à Praça D.Pedro ao gabinete do Tenreiro no cais do Sodré.

Era um trabalho em que fazíamos de tudo.Quando havia navios para abastecer,abastecíamos com víveres,redes e até lulas para isco quando os  navios pescavam á linha.Quando não havia, carregávamos material diverso como cadernais , manilha, descarregávamos o bacalhau,as caras e as línguas, pintávamos as portas de arrasto, fazíamos a manutenção das tubagens da muralha, descarregávamos a carne que vinha da Argentina  em sacas de serapilheira.fazíamos de tudo(excepto mexer no sal) e podíamos fazer várias coisas ao mesmo tempo...era o que nos mandassem. Na altura, não tínhamos tão pouco sitio onde mudar de roupa.Falámos com o Chefe e lá foram feitas umas obras e passámos a ter balneários onde vestir e despir, guardar  a roupa e tomar banho.
Ao todo éramos 11 trabalhadores efectivos.quando havia mais trabalho, eram contratados outros tantos e quando acabava, iam embora.

Costa de Caparia/Almada a capital  do Surf.

 A nossa Costa... a capital do Surf.
Foto:Joaquim Candeias@