O regresso inesperado da vampira Sarah Wilson, ao seu pais de origem está a comprometer toda a sua situação de morta - viva. Sem família biológica e afastada da sua família adotiva, pela suposta morte, Sarah é levada a aceitar a ajuda de Rangello Giovanni.
Os dois aceitam-se como amigos,por opção de Sarah.
Apesar das peripécias desgastantes, da sua memória, a vampira não esquece o seu legado, nas ideias feitas,e atenta não escora a atenção do seu objetivo primordial.
Rangello Giovanni como humano tem um papel de sobrevivência, no centro das atenções, dos seres das trevas. E só por amor à vampira, Sarah Wilson, ele está a ultrapassar as forças do mal com alguma ligeira confiança.
A criação em laboratório do sangue sintético engarrafado, comercializado pelos Japoneses, começou por garantir uma melhor aceitação do convívio entre vampiros e humanos. A partilha de sangue, entre pares dispares, veio ainda apaziguar com mais segurança os dois lados da vivencia em comunidade.
Os humanos e os vampiros já podem viver sem reticências e remores de qualquer ordem. Todavia com os últimos acontecimentos a união fundiu-se numa outra vertente…
Publicamos aqui Excerto:
Da página 157/158
Marah construiu uma amizade estreita com Isadora, logo no primeiro dia, em que a jovem telepata visitou a loja de estética na Cidade de Boston.
- Como estás Isadora? - Perguntou Marah ao telemóvel depois de a chamar de surpresa.
- Eu estou bem. E tu como estás? – Quis Isadora saber. - Que surpresa fantástica.
- Eu estou bem. Lembrei - me de ligar para saber de ti.
- Obrigada! Eu estou ótima.
- Não tens que agradecer, Isadora – lembrou Marah. – Queres vir amanhã tomar um chá comigo?
- Aceito. Amanhã estarei ai, pelas cinco horas. Tomaremos o chá das cinco. – Disse Isadora recordando a tradição deixada pelos ingleses nos Estados Unidos.
No dia seguinte Isadora chegou à pastelaria para tomar um chá na companhia da sua amiga Marah.
- Cheguei – disse Isadora entre as duas meias-portas da loja. – Vamos tomar o chá das cinco? – Perguntou animada.
- Pontual como sempre, Isadora?!
- Para o chá das cinco a pontualidade tem de ser britânica! – Exclamou Isadora com simpatia a roçar a Gentileza Senhoril Europeia.
- Está certo! Vamos então tomar o chá das cinco.
Chegaram à pastelaria. Sentaram-se a uma mesa junto da montra.
- Estás confortável?
- Bastante confortável, Marah. Obrigada! – Agradeceu Isadora, pousando a xicara, em cima da mesa, à sua frente.
Marah olhou-a nos olhos.
- O teu namorado já te pediu em casamento, Isadora?
- Não. Ainda não me pediu, mas irá pedir-me uma noite destas.
- Uma noite? Porquê uma noite?
- Sim. Numa noite destas Abel irá pedir-me em casamento.
- Mas porquê à noite? – Insistiu Marah.
- Porque Abel é vampiro. E os vampiros vivem de noite. – Disse Isadora com tanto à vontade que causou arrepios na sua amiga Marah.
- Vampiro? Há vampiros entre nós?
- Sim. – Disse Isadora com naturalidade.
Marah olhou-a de novo nos olhos.
- Isso é verdade? Há vampiros nos Estados Unidos da América?
- Não estás a acreditar?
- Não. Não estou a acreditar. Tu só podes estar a brincar comigo.
- Eu não estou a brincar. – Afirmou Isadora. – Abel é mesmo vampiro.
- Como conheceste um vampiro? Tu andavas a passear na escuridão da noite, quando o encontraste?
- Não Marah. Abel entrou em minha casa, pela porta fechada, dias depois de eu ter enterrado a minha mãe. Eu pensei que estava a ter alucinações, mas era um vampiro que plana e entra em qualquer lugar sem dificuldade.
- Que horror, Isadora?! Como podes tu viver assim? E namoras com um vampiro?
Isadora sorriu.
- Não precisas de ter medo. Ele não suga sangue humano.
Marah tremeu…
- Eu não posso acreditar – disse Marah a meia voz.
Isadora voltou a sorrir…
- Ainda não estás a acreditar, mas é verdade Marah. O meu namorado é vampiro.
- E eu nem posso acreditar! Só mesmo vendo… – disse Marah menos assustada.
Isadora encolheu os ombros.
- Não sei se será possível - disse pensativa. - Abel é muito fechado no seu mundo, mas eu falo com ele.
- Eu não quero ver um vampiro. Estou arrepiada só de pensar. Não. Não quero vê-lo – disse Marah com um arrepio de nojo.
- Então não o vais ver… – acrescentou Isadora. – Não tenhas medo. Ele não faz mal aos humanos.
Marah olhou Isadora de revés.
- Ele vive do quê?
QUEM É A ESCRITORA ISABEL MOREIRA REGO
Isabel Moreira Rego nasceu no Concelho de Lagoa, Algarve.
Aos seis anos foi viver para casa dos seus avós maternos. A partir daí integrou-se na Sociedade que a esperava de braços
fechado.
Ainda criança apaixonou-se pelas letras do alfabeto, das rimas e das metáforas.
Aos sete anos, juntando as letras como numa brincadeira de criança, escreveu o seu primeiro soneto, “ Caprichos de Criança”.
Aos onze anos, com a morte trágica de sua irmã mais velha, escreveu o romance biográfico, “A Juventude de Isabella”,
em sua memória.
O qual, só foi publicado em 1979. Nesse mesmo ano, de 1979, participou como sócia fundadora da Galca, grupo de Animação
Literária e Cultural de Almada.
Integrou o caderno de poesia com o título, “Almada Abril”, em 2004.
Integrou a Coletânea de poesia – Index Poesis, em Outubro de 2006.
Integrou a “Antologia de Poetas Almadenses, com o título: “Alma (Da) Nossa Terra”, em Março de 2006.
Publicou Cadernos de Poesia, na coleção: “Index Poesis”, desde 2003 até 2007, com seis volumes.
Integrou o Caderno “Index Poesis”, nº 75 – Almada, Abril de 2009.
Publicou o Romance “Viagens na Ficção” com o título: “O Passado Ficou Esquecido” em 2010.
Publicou o 1º número da coleção, “Aprender a Crescer” livros de aventuras - infantil, com o título “ O Burrico Traquina”,
em 2012.
Publicou o Romance “Mundo Fantástico” 1º volume da trilogia, com o Titulo: “Marca de Sangue”,
Janeiro de 2015.