quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

NÃO AO MEGA TERMINAL DE CONTENTORES NA TRAFARIA


POPULAÇÃO DA TRAFARIA E DO CONCELHO DE ALMADA,CONTRA INTENÇÃO DO GOVERNO EM INSTALAR NA RESPETIVA VILA UM MEGA TERMINAL DE CONTADORES

No passado dia 23 de Fevereiro realizou-se  na sede da Sociedade Recreativa Musical Trafariense, na Trafaria, uma assembleia da população da local e do concelho de Almada, na qual participaram os autarcas do concelho e que no final aprovaram  por unanimidade uma moção  de texto a repudiar a intenção do governo em deslocar para a Trafaria um mega terminal de contentores.

RESOLUÇÃO
                        NÃO AO MEGA TERMINAL DE CONTENTORES NA TRAFARIA
Tendo tido conhecimento da intenção do Governo em criar na Trafaria um mega terminal de contentores, que ocupará entre 200 a 300 hectares de plano de água e de terra, autarcas do concelho de Almada, população da Trafaria e agentes de desenvolvimento local, reunidos no dia 23 de fevereiro de 2013, na Trafaria, resolvem:
- Repudiar de forma veemente qualquer intenção de construção de um terminal de contentores na vila da Trafaria.
- Chamar a atenção que, a concretizar-se a construção deste terminal, está em causa um autêntico crime ambiental de “lesa pátria”, já que vai incidir numa zona de grande riqueza ambiental e paisagística, além de implicar a criação de uma ferrovia que atravessará vales de grande sensibilidade natural. Tudo isto em áreas inseridas em Reserva Ecológica Nacional.
- Salientar que os diferentes instrumentos de gestão do território, como o Plano Diretor Municipal e o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa, não contemplam este projeto apresentado pelo Governo.
Reafirmar que a estratégia de desenvolvimento definida para o concelho passa pela aposta no turismo, em especial no eixo Trafaria - Costa da Caparica, pela Investigação & Desenvolvimento e indústrias de base tecnológica no eixo Trafaria – Almada Nascente, pelo desenvolvimento do sector das pescas, das indústrias criativas, das micro e pequenas empresas, entre outros sectores de atividades não poluentes e com baixo impacto ambiental.
- Recordar que esta estratégia de desenvolvimento é fruto da visão e consensos estabelecidos entre autarcas, agentes económicos e populações, ao longo de vários anos. Isto é, a concretizar-se este objectivo do Governo, significa fazer “tábua rasa” de todas as decisões do Poder Local e da vontade expressa pelas populações. 
- Lembrar que em Almada, nas últimas décadas, foram destruídos mais de 50 mil postos de trabalho, em virtude das sucessivas políticas dos diversos Governos, prejudicando gravemente o tecido económico local e a vida das populações.
- Exigir ao Governo que, numa altura em que é tão importante a criação de emprego, avance com os dois projetos estratégicos para o concelho de Almada – um na Costa da Caparica e o outro no Arco Ribeirinho Sul – que se encontram atualmente em “banho-maria” e que são geradores de dezenas de milhar de novos postos de trabalho, e que devolva à Marinha Portuguesa o Arsenal do Alfeite.
- Apoiar o Município de Almada no recurso a todas as instâncias judiciais nacionais e, se necessário, ao Tribunal Europeu, com o objetivo de impedir a concretização deste gravíssimo atentado contra o concelho de Almada e, em particular, contra a freguesia da Trafaria.
Concelho de Almada/Trafaria, 23 de Fevereiro de 2013»

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