LÁ POR ALMADA ...
"ERGUERAM-NA FORA DE PORTAS
PARA, LOGO ALI, ATALHAR TODO O MAL.
E DEU EM TABERNA"
O
Rei D. João III em 1554 mandou erguer Igrejas, nas periferias das
Cidades e das Vilas em Honra de S. Sebastião. O Mártir protegê-las-ía da
peste. Esta Ermida de S. Sebastião, erguida no século XVI na Freguesia
de Santiago de Almada nasceu provavelmente desta provisão real.
Ergueram-na fora de portas para, logo ali, atalhar todo o mal.
Sem
ser possível precisar a data exacta da construção, foi confirmada a sua
existência em 1587. Também em 1669 existe um registo da colocação, por
gentes de Lisboa, de uma imagem de Nossa senhora dos Prazeres nesta
ermida.
Ao longo dos tempos o edifício foi-se degradando. No século
XVIII os sinais de ruína eram tais que foi necessária a sua total
reedificação entre 1729 e 1738.
Poucos anos depois, esta Igreja ficou completamente arruinada devido ao terramoto de 1755.
A
sua reconstrução foi possível graças à iniciativa do povo Almadense,
que organizou durante anos touradas para a angariação de fundos.
Já no século XIX, a ermida voltou a sofrer um duro golpe, com o anticlericalismo característico do liberalismo a votar este espaço ao abandono. O edifício passou então a servir de hospital provisório, recebendo também pobres e indigentes.
Anos
mais tarde foi palheiro da abegoaria da Câmara Municipal de Almada e
quando foi vendida em hasta pública pela Câmara de então, em 1904, é
adquirida por particulares que a transformaram em imóvel de habitação e
comércio. A 28 de Julho de 1932 data do alvará sanitário nº 41 que dá
licença a Maria dos Anjos para explorar um estabelecimento de taberna,
sito em S. Sebastião.
É em 31 de Dezembro de 1937 emitida a caderneta
predial com o artº 211 de um prédio localizado ao cabo da vila e
identificado como Ermida de S. Sebastião, o qual é composto por 1 loja,
13 habitações e 3 anexos.
Situação que se manteve até 1993, quando o Município adquiriu o imóvel.
Em 2009, com a mesma já recuperada. A Câmara Municipal de Almada e a Fábrica da Igreja Paroquial do Cristo-Rei, no Pragal, assinaram um contrato de comodato com a validade de 30 anos. O acordo estabelece que a Fábrica da Igreja Paroquial do Cristo-Rei utilize a igreja para celebrações religiosas e a Câmara
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